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sábado, 28 de abril de 2007

Fôrmas de intervalos e identificação de notas no braço do violão

O violão é basicamente um instrumento ritmico-harmônico, ou de acompanhamento, no seu conceito popular. Mas com estudo ele pode ser tanto quanto ou mais versátil que um piano. Na minha opinião a maior dificuldade encontrada no instrumento é referente ao reflexo da consciência (velocidade de identificação) das notas no braço. O violão não é tão "visual" quanto o piano por exemplo. Além disso uma única nota pode ser executada em vários pontos diferentes do seu braço (1), o que me faz pensar que decorar cerca de 45 notas distribuídas por cerca de 120 pontos diferentes no braço de um seis cordas não pode ser tão impossível quanto parece.

Quem toca Violão Erudito geralmente tem mais facilidade de visualização de notas pela prática da leitura que adquire durante anos de estudos. O grande problema surge para quem vem do popular, que não tem a tradição da leitura de partituras, mas sim de cifras. Instintivamente as necessidades vão sendo supridas através de macêtes como por exemplo o de decorar fôrmas de intervalos (2).

A consciência das fôrmas somadas à consciência dos graus de uma escala (3) auxiliam muito na identificação das notas. Por exemplo, todo instrumento musical tem um padrão de fôrmas de intervalos. Quando se descobre o padrão de um certo instrumento fica mais fácil compreender e até começar a aprendê-lo, salvo as peculiaridades técnicas. Por isso é tão importante saber teoria musical. A grosso modo, com teoria se aprende qualquer instrumento.

(1) Devido a afinação convencional do violão de seis cordas, apenas 10 notas possuem um único ponto na escala do instrumento para serem executadas: as 5 mais graves e as 5 mais agudas.
(2) As fôrmas de intervalos (de 3ªMaior, 5ªJusta, 8ªJusta, Compostos...) proporcionam a rápida identificação de uma nota apartir de uma outra.
(3) Na prática essa consciência se refere à saber de imediato qualquer grau a partir de qualquer tônica.